Eu, gato

 


Eu, Gato                                    
 

Os gatos são mamíferos possuindo as características anatómicas comuns à grande maioria destes: o corpo coberto de pêlos e alimentando-se de leite materno quando pequenos. São, porém, dos mamíferos mais evoluídos que se conhecem. A conformação do corpo dos gatos é extremamente flexível e elástica. A sua coluna vertebral é unida por músculos e não por ligamentos, como na maior parte dos mamíferos. É formada por 7 vértebras cervicais, 13 vértebras dorsais, 7 vértebras lombares, o sacro e 18 a 26 vértebras coccígeas. É esta longa coluna vertebral, cheia de elasticidade, que permite ao gato saltar com tanta segurança e agilidade.
O gato não tem clavículas, mas sim uma pequena cartilagem clavicular. É este facto que lhe dá a capacidade de estender a sua passada e de penetrar por aberturas estreitas.
O gato adulto possui 30 dentes: 16 no maxilar superior e 14 no inferior. Os caninos ou presas (que são 2 em cada maxilar), em forma de punhais, servem para matar; com os molares, afiados como facas, rasgam as presas e desfazem-nas em pedaços.
O crânio dos gatos é também notável. Entre as suas estruturas ósseas bem desenvolvidas encontram-se grandes câmaras de ressonância auditiva que proporcionam ao gato um ouvido extremamente apurado. O gato reage a ultrassons da ordem das 60 000 vibrações por segundo (nós, humanos, só somos capazes de captar sons de cerca de 20 000 vibrações p.s.). Mas é no seu ouvido interno que reside o seu sentido de equilíbrio que permite ao gato regular a queda.

O gato tem 244 ossos e 512 músculos, o que o torna num animal extremamente bem desenvolvido. As suas capacidades físicas e os sentidos apurados conferem-lhes agilidade, velocidade e flexibilidade. O gato consegue virar-se e mexer-se de qualquer maneira desde a cabeça até ás patas posteriores. Consegue esticar totalmente o corpo e virar a cabeça 180 graus.

As patas dianteiras estão providas de 5 dedos, enquanto que as traseiras têm 4. As características das patas permitem ao gato andar sem fazer o mínimo de ruído e ter um equilíbrio fora do comum. Devido à disposição dos nervos e tendões, o gato pode estender ou encolher as garras à sua vontade. Em repouso, o gato encolhe as garras, que não tocam o chão, o que lhe dá aquele andar tão suave e silencioso.
O cuidado que um gato tem consigo mesmo é enorme. A sua higiene corporal é única, para alem de que mantém sempre as suas unhas afiadas para qualquer situação.
De uma posição totalmente imobilizada, o gato tem a capacidade de saltar para todos os lados. Em altura, consegue saltar até 5 vezes o seu tamanho corporal, atingindo com facilidade um salto de 2 metros. Em queda, o gato tem a capacidade de articular o seu corpo de forma a não sofrer com o impacto, bem como atingir rapidamente o equilíbrio, usando a cauda. Frequentemente dizemos que todos os gatos caem de pé. Contudo, isso nem sempre acontece. Quando os gatos caem de uma altura relativamente baixa, frequentemente conseguem girar no ar e aterrar de pé. No entanto, quando a altura é superior a cerca de dois andares, os gatos podem sofrer lesões muitos graves, que podem mesmo ser fatais.

A facilidade com que o gato gira no ar e cai de pé deve-se às características anatómicas do seu esqueleto. Os gatos apresentam clavículas muito rudimentares que não se unem a nenhum dos outros ossos do seu esqueleto, sendo apenas suportadas pela massa muscular dos seus ombros. Isto faz com que, facilmente, as suas patas dianteiras tenham uma rotação fora do vulgar e o seu corpo possa facilmente adaptar-se a novas posições. Assim, durante uma queda, as patas são a primeira estrutura a tocar no solo, absorvendo o impacto da colisão



Os gatos nem sempre caem de pé
 
Se o gato cair de uma altura superior a dois andares, pode conseguir girar no ar para adquirir um bom posicionamento para a queda, no entanto as patas não conseguirão absorver todo o impacto da colisão. Nestas situações, é frequente surgirem traumatismos a nível torácico e/ou abdominal, bem como fraturas ósseas a nível dos membros e/ou crânio.
Independentemente da altura em que o gato vive, mantenha sempre a janelas fechadas, por forma a impedir a sua saída. Mesmo quedas de alturas mais baixas podem provocar lesões muito graves ou mesmo fatais – por vezes encontram obstáculos pelo caminho, que os impedem de girar no ar e cair de pé, nomeadamente estendais da roupa.  Nunca esqueça que o gato não vai aprender com a queda – se vir a janela aberta uma segunda vez pode voltar a atirar-se. Mais vale prevenir…
Quase não existem obstáculos naturais para um gato. No entanto, este animal tem uma "falha" nas suas aventuras. É que, o gato tem uma grande capacidade para subir, trepar, saltar, para alem de adorar as alturas. Mas o gato tem uma terrível dificuldade em descer! É por isso que muitas vezes é necessário auxilio humano para, por exemplo, tirar um gato de uma árvore, árvore essa que ele sobe com facilidade.


Ao contrário do cão, que só conta com o nariz muito desenvolvido; o gato aplica os seus sentidos todos, porque todos eles são extremamente desenvolvidos.
 
Olhos - o gato não tem a necessidade de pestanejar, porque possui uma membrana (membrana nictitante), que mantém os olhos húmidos. Os gatos conseguem ver tudo à frente e ao lado dos olhos, reconhecem o tamanho, a forma e a distância exata dos objetos. Os gatos conseguem ver um objeto da mesma maneira, quer esteja a 2 ou a 6 metros, devido a uma espécie de "zoom" que conseguem aplicar. No entanto, não tem uma distinção de cores apurada. Só distinguem o preto, o branco, o azul, o verde, e misturam o amarelo com o vermelho.

Mas os gatos tem outra capacidade: a sensibilidade dos olhos permite a um gato ver perfeitamente um objeto a 10 metros na escuridão total, como se fosse de dia. É a dupla reflexão que faz com que os olhos dos gatos brilhem tanto na presença de luz, mesmo que seja pouca.

Olfato - 200 milhões de células na garganta dos gatos permitem-lhes cheirar tudo. No palato, possuem um órgão especial para cheirar: o órgão de Jacobson.

Paladar - o gato distingue o sabor dos alimentos através de nervos que possuem na língua. No entanto, só come o que cheira bem, e não o que tem um bom sabor.

Ouvidos - as orelhas são muito sensíveis a vibrações. Entre 20 hertz e 65 quilohertz, nada escapa ao gato! A mobilidade das orelhas permitem-lhes localizar com exatidão a proveniência de determinado som. O gato deteta ratos porque os ratos emitem ultrassons entre si, ultrassons esses que os gatos conseguem captar. Através dos sons, os gatos orientam-se. É graças aos sons familiares ou conhecidos e à sua memória imaginativa que os gatos conseguem reencontrar os seus lares. Para este facto, utiliza também os cheiros conhecidos e as imagens que grava do que os olhos vêm.

Tato e o 6º sentido - O gato possui por entre o pêlo os chamados pêlos tácteis, que não se situam só no bigode. E é nestes pêlos táteis que provavelmente está a explicação para o facto de os gatos pressentirem tremores de terra, explosões vulcânicas, etc..., porque os pêlos táteis dos gatos notam a pressão do ambiente e alterações de temperatura. Este é, portanto, o misterioso sexto sentido do gato.

Estes pêlos táteis situam-se à volta dos lábios e dos olhos.
 
O gato doméstico costuma dormir durante a maior parte do dia para conservar sua energia


O método de conservação de energia dos gatos compreende dormir, acima da média da maioria dos animais, sobretudo à medida em que envelhecem. A duração do período de sono varia entre 12–16 horas, sendo de 13–14 horas o valor médio. Alguns espécimes, contudo, podem chegar a dormir 20 horas num período de 24 horas.
A temperatura normal do corpo desses animais varia entre 38 e 39 °C. O animal é considerado febril quando tem a temperatura superior a 39,5 °C, e hipotérmico quando está abaixo de 37,5 °C. Comparativamente, os seres humanos têm temperatura normal em torno de 37 °C. A pulsação do coração desses pequenos mamíferos vai de 140 a 220 batidas por minuto e depende muito do estado de excitação do animal. Em repouso, a média da frequência cardíaca fica entre 150 e 180 bpm. 

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